quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ARTIGO: O Retrato das finanças dos Municípios de Pernambuco.

*Por Henrique Cavalcanti

POR DEFINIÇÃO:O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é uma verba repassada pelo governo federal às cidades brasileiras a partir da arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Renda.
O FPM é responsável por 57,3% das receitas disponíveis das prefeituras de municípios pequenos com até cinco mil habitantes (Segundo o IBGE). Isso quer dizer que, em cidades onde não existem indústrias ou um forte comércio, esses municípios passam por dificuldades financeiras. O FPM basicamente é formado pelo IPI e Imposto de Renda, se dar-se a isenção do IPI o FPM cai bruscamente e prejudica as pequenas cidades do Agreste e Sertão de Pernambuco.
Citando um exemplo em Pernambuco, Goiana está recebendo a Fábrica da Fiat, onde na verdade virá toda uma estrutura de empresas adjacentes que irão compor a logística automotiva naquela região. Essa citação foi para mostrar que a Redução do IPI nos automóveis aquece o mercado e com isso o aumento da produção e dá geração de empregos. Desnecessário citar os benefícios que Goiânia terá com esse advento, em contrapartida, como fica o FPM por atitudes como estas?
O Governo Federal por sua vez, desde o segundo mandato do Governo Lula, espremeu cada vez mais o FPM e concentrou toda receita no Governo federal para liberar a quem bem entender (duvido muito dos critérios utilizados numa proposta voluntária). Basicamente todos os investimentos de grande porte nos municípios dependem de emendas parlamentares e este é o grande problema, os municípios ficam a mercê de conchaves políticos.
EXISTE SOLUÇÃO? COMO QUEBRAR ESSE PARADIGMA?  A solução é acreditar no desenvolvimento econômico local e cada vez mais depender menos do FPM. Significa ter foco sobre o potencial efetivo dos municípios, avaliar seus pontos fortes e estimulá-los, minimizar fraquezas, ter em conta as particularidades culturais e, em especial, o potencial da população. Este é fator crucial para o desenvolvimento e tem tanto ou mais peso que a disponibilidade de recursos naturais.(http://www.henriquecavalcanti.com.br/p/blog-page.html)

*Henrique Cavalcanti é agente de desenvolvimento econômico de Pernambuco e empresário do ramo de construção Civil. É Diretor da Associação Comercial e Empresarial de Pesqueira (ACEP).

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