segunda-feira, 18 de novembro de 2013

ARTIGO: Retrospectiva da Eleição de 1988

*Por Marcos Pontes 

Foi a primeira eleição após a morte de “seu” Pereira, mas que ainda contou com um forte apoio por parte do seu filho Carlos Alberto que aqui esteve e prometeu que se Jânio Arruda, o seu candidato, fosse eleito, construiria a tão sonhada fábrica no terreno onde hoje é o CAIC. Fábrica esta que daria emprego prá muita gente em nosso município, pois naquele tempo não havia ainda a sulanca, essa dádiva com que DEUS presenteou a nossa região.
Mas vamos às eleições que é o que interessa. A oposição teve em João De Ana, Paulo Marinho (pai de George e Paulo Roberto), Amauri, entre outros as primeiras pessoas que já em 1982 faziam oposição em Taquaritinga. Jânio Arruda, tendo como vice “seu” Manoel Boneco, venceu as eleições com uma diferença de 187 votos sobre o seu opositor, “seu” Mendes (Foto abaixo), que tinha como vice “dona” Deolinda. Foi uma disputa bastante acirrada, em que a oposição tinha o apoio do governador do Estado Miguel Arraes, eleito dois anos antes, após voltar do exílio. A apuração era feita pelos escrutinadores (prá quem não sabe, esse era o nome que se dava a quem fazia a apuração dos votos, uma vez que não havia ainda a urna eletrônica) e foi realizada no prédio onde hoje funciona a Secretaria de Educação.
Foram nove vereadores eleitos, sendo cinco do PFL (“dona” Lourdes, Genilton, Dé Cumaru, Manoel Serra - Branca e Borges) e quatro do PMDB (Milda, Zeca, Naelson e João de Ana). Neste ano, criou-se a denominação CALABAR, que dura até hoje, e algumas versões existem para essa alcunha. O termo CALABAR vem de Domingos Fernandes Calabar, brasileiro que ficou ao lado dos holandeses quando estes invadiram Pernambuco, sendo considerado o maior traidor da história do Brasil (tá na Wikipédia).
Assim, quem ficou contra o candidato de “seu” Pereira, mesmo morto, foi considerado traidor do povo de Taquaritinga. Outra versão é que esse termo foi em homenagem a um colega de trabalho do prefeito que se elegeu, que também trabalhava no Banco do Brasil nesta época e que não votou nele. O que importa é que neste ano começou a história da oposição, hoje situação, embora muitos desta época não se encontrem mais no lado que defenderam nesta eleição. A surpresa ficou por conta da não eleição de Jalmirez Arruda para a câmara, que era dada como certa, até por ser irmão do prefeito eleito, mas que viria a assumir o mandato, mesmo tendo ficado na terceira suplência. Isso já é prá eleição seguinte. Voltaremos na próxima terça feira com as eleições de 1992, um abraço.

*Marcos Pontes é Universitário e Funcionário Público.

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