domingo, 9 de fevereiro de 2014

ARTIGO: O DONO DE UMA CIDADE

*Dr. Paulo Lima

Quando criança, na minha cidade, Vertentes, era aficionado por cinema.  Eu gostava tanto de cinema que não media esforços para assistir a qualquer dos filmes de faroeste italiano, cujo ator Giuliano Gemma, fazia o papel de “Ringo”. Sei que a maioria de vocês, que me leem neste momento, não sabem nem de que diabos estou falando. Mas, vamos lá... Ainda me lembro de um de seus melhores filmes, que lhe projetou como galã: “Uma pistola para Ringo”, sucesso estrondoso nas bilheterias mundiais e que foi lançado em 1965, em plena efervescência da  ditadura militar que cassou o presidente constitucionalista do Brasil, “JOÃO GOULART”. Nesta época não tinha mais que oito anos  de idade e acredito que este filme estreou no “Cine São Luiz” em Vertentes, minha cidade, no dia em que perdia a minha avó “mãe nen nem”, uma das mais extraordinárias mulheres que marcaram a minha vida! Hoje não mais existe o “Cine São Luiz”, em Vertentes, nem tampouco a minha avó, mãe nen nem”, o que para mim é uma grande perda. E para nossa cidade também, já que, se quisermos assistir a um filme na “telona”, teremos que nos deslocar para Caruarú ou para a Capital do nosso Estado, Recife. Mas, deixemos de tergiversar e voltemos ao tema.
As lembranças que me chegam neste momento têm a ver com uma passagem recente. Refiro-me a um fato que tomei conhecimento pelas redes sociais (essa internet é fogo), na qual um elemento, nosso conhecido, tentou interpelar ELISBERTO COSTA acerca de uma matéria, na qual ele tecia alguns comentários acerca do panorama político de nossa região. Confesso que só me inteirei da matéria após a repercussão que tomou nas redes sociais. Essa internet...
Nela, o blogueiro, Jornalista de mão cheia, retrata uma situação vivenciada em nossa cidade, Vertentes, onde um elemento que pretende ser dono da cidade, “pinta e borda” como se ainda fosse prefeito e, não satisfeito, tentou tomar satisfações com o jornalista. Mas, o elemento levou um fora tão grande que, sinceramente, eu não queria estar no seu lugar!
Ora, vejam só vocês! Não é que o indigitado, não satisfeito por querer mandar na cidade, como se dono fosse, pensa que é o dono do mundo? O que está pensando que é, afinal?
Este fato me fez voltar aos meus tempos de criança, assistindo aos filmes italianos, onde o galã, “Ringo”, fazia com que estas figuras nefastas (eita, eu também gosto desta canção, imortalizada na voz de nosso grande GILBERTO GIL, que diz: “Tú, pessoa do mau, teu astral que se arrasta tão baixo no chão”...), se lascassem ao som do seu “colt 45”. Me desculpem, mas não pude me conter...
Voltemos ao filme, ou melhor, ao tema.
Pensem como eu gostava quando “Ringo” invadia a cidade, comandada pelo mafioso que se achava o seu dono e chutava os seus traseiros, expulsando-o e mostrando à população, temerosa, que ninguém pode ser dono de uma cidade, nem tampouco dos destinos de um povo!
Até hoje acredito nestes valores, como acredito na democracia!
A você, ELISBERTO COSTA, nestas mal traçadas linhas, como diz “Teles”, eu quero deixar registrado o meu respeito e a minha admiração pela sua coragem e altivez! Na realidade você não tem nenhuma satisfação a dar a este elemento! Mande ele para o seu lugar; “Bote furando”, como costumamos dizer em nossa terrinha. E se esse elemento se meter a besta, conte comigo!
Em tempo: este artigo eu dedico a você, minha cara,  Elaine Cris Santos, que acha que Vertentes está muito bem, obrigado. É uma pena que você pense assim... Abre os olhos, Vertentes!
Um abraço a todos.

*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de  Procurador  Federal.

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